quinta-feira, 22 de março de 2007

sexta-feira, 2 de março de 2007

Discriminação Sexual

UM POUCO DE HISTÓRIA...

A sexualidade humana é uma construção cultural, tanto os hábitos alimentares como os corporais. Nascemos machos e fêmeas e a sociedade nos faz homens e mulheres. Mas ainda, o ser masculino e o ser feminino variam significativamente de cultura para cultura, modificando-se substantivamente ao longo das gerações dentro de uma mesma sociedade.

Violência contra as mulheres - Uma questão de Direitos Humanos...

  • A violência contra as mulheres não é um problema de mulheres:

É um problema dos homens e de toda a sociedade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) proíbe toda a forma de discriminação com base no sexo, garante o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, reconhece a igualdade perante a lei e igual protecção contra toda a discriminação que infrinja a Declaração.A Carta das Nações Unidas inclui como um dos seus princípios básicos a cooperação internacional no desenvolvimento e estímulo do respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais de todas e todos, sem fazer distinção com base no sexo (art.1.3).A Convenção Europeia dos Direitos Humanos ( art.14º) dispõe que o gozo dos direitos humanos será assegurado sem discriminação nomeadamente com base no sexo.O princípio da igualdade de mulheres e homens constitui um sine qua non da democracia e um imperativo de justiça social ( Declaração sobre a Igualdade entre mulheres e homens, Conselho da Europa de 88). A igualdade entre mulheres e homens como princípio básico de direitos humanos é um objectivo fundamental para uma sociedade democrática construída na noção de completo respeito pelo individuo.A ausência de protecção contra a discriminação nas relações entre particulares pode ser de tal modo nítida e grave que implique claramente a responsabilidade do Estado.



Os direitos das mulheres...


Os direitos das mulheres são inalienáveis e constituem parte integrante dos direitos humanos : Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos ( Viena1993).A discriminação contra as mulheres não viola apenas os direitos fundamentais e o respeito pela dignidade das mulheres, mas impede as mulheres de contribuírem e de participarem na vida política, social, económica e cultural, a nível nacional e internacional, em condições idênticas às dos homens. Constitui obstáculo à melhoria e ao progresso da sociedade porque priva da integral e completa contribuição de mais de metade da população.Importa pois reconhecer o direito fundamental à igualdade de homens e mulheres, o que pressupõe o reconhecimento de que a igualdade não é mais uma condição subsidiária para o gozo de qualquer direito fundamental.


















ALGUMAS CURIOSIDADES. . .



Em que situações tu achas que as mulheres são discriminadas na sociedade?



Uma maioria expressiva dos votantes (49%) acredita que as mulheres são discriminadas no trabalho. Em oposição, somente 11% acha que elas são desvalorizadas nos estudos. Observe o resultado final no gráfico abaixo.





Dado que o gráfico não é muito visível, eis os resultados:


  • Dado: 49% - no trabalho
  • Dado: 29% - em casa
  • Dado: 28% - nos desportos
  • Dado: 11% - nos estudos
  • Dado: 23% - as mulheres não são discriminadas na respectiva comunidade



Na comparação por sexo podemos notar uma diferença bem clara: somente 16% das mulheres votantes acham que seu sexo não é discriminado, mas 29% dos homens acham que elas não são discriminadas. Ou seja, as mulheres percebem mais a discriminação sobre si. Além disso, elas notam bem mais a discriminação no trabalho.




Eis os resultados:


  • Dado: No Trabalho
  • Dado: Em casa
  • Dado: Nos desportos
  • Dado: Nos estudos
  • Dado: As mulheres não são discriminadas na respectiva comunidade

Sexo Masculino


  • Dado: 42%
  • Dado: 28%
  • Dado: 28%
  • Dado: 11%
  • Dado: 29%


Sexo Feminino

  • Dado: 58%
  • Dado: 31%
    Dado: 27%
  • Dado: 12%
  • Dado: 16%

Separando o resultado final por idade, podemos notar que quanto mais velho o votante, cresce a percepção de discriminação da mulher no trabalho aproximadamente.





Até 14 anos: 201 (14%);15 a 19 anos: 380 (26%); 20 a 29 anos: 474 (33%);30 a 39 anos: 235 (16%); 40 anos ou mais: 159 (11%).

8 de Março
A relevância do dia da Mulher...



A exploração do trabalho femininino viria a constituir uma das características sociais de todo o século XIX. Mas, uma vez que participava em grande escala na produção, ganhando o seu salário, a mulher foi alcançando uma certa independência económica que a levou a reivindicar os mesmos direitos que o homem (feminismo). Iniciou-se assim, a luta das mulheres pela sua emancipação.


PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO ?

Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declararou um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". Desde então, o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.


"Ela está na ciência, arte, literatura, música, em espectáculos. Quem será a criatura? Ela incorpora todas as fardas:Bombeiro, guarda, madre, soldado, polícia ou marinheiro. Ela requereu a igualdade. Exerce cargos de responsabilidade que são igauis aos do homem. Fá-lo tão bem quanto ele. É mãe da primeira boneca, do seu irmão mais novo, do marido etc. Ela é importante na terra, ela amamenta os filhos antes e depois do trabalho, é determinada e resoluta. "

NÃO É APENAS IMPORTANTE AMARRAREM-NA E DESEJAREM-NA ,MAS SIM RESPEITÁ-LA TAL COMO ELA É!!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Gravidez na Adolescência

A adolescência implica um período de mudanças físicas e emocionais considerado, por alguns, um momento de conflito ou de crise. Não podemos descrever a adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual.




A puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher, é caracterizada pelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. Uma gravidez na adolescência provocaria mudanças maiores ainda na transformação que já vinha ocorrendo de forma natural. Neste caso, muitas vezes a adolescente precisaria de um importante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova situação.



A actividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando para muitas a falta de uso de anticoncepcionais. A grande maioria delas também não assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual activa. Assim sendo, além da falta ou má utilização de métodos contraceptivos, a gravidez e o risco de engravidar na adolescente podem estar associados a uma menor auto-estima, a um funcionamento familiar inadequado, à falta de informação ou até mesmo ao uso de informação errada. Apesar da facilidade de acesso à informação sexual, esta não tem garantido maior protecção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem contra a gravidez nas adolescentes.



Especialistas em planeamento familiar criticam a falta de medidas sociais para travar a gravidez na adolescência em Portugal, o segundo país europeu com mais casos, salientando que não chega investir apenas na área da saúde.






A importância do papel da família e da escola...




Os programas de educação sexual transmitidos pelas escolas vêm cumprindo um papel fundamental, já que permitem o diálogo e a circulação de informações sobre a sexualidade. Os meios de comunicação e as campanhas publicitárias também têm abordado com frequência este assunto, particularmente visando a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.É função dos serviços de saúde implantar programas especiais à disposição dos jovens, para informá-los e alerta-los, se necessário. Os adolescentes não precisam de sentir vergonha. Além de ser um direito, os profissionais de saúde têm prazer em recebê-los e, através dos serviços oferecidos, possibilitar-lhes informação a respeito dos vários métodos anticoncepcionais existentes. É bom lembrar que, desde a primeira relação, é necessário proteger-se.



No entanto, dar apenas informações técnicas aos jovens não basta:
É muito importante que também sejam orientados em casa, na família. É essencial que possam fazer perguntas, conversar com amigos e parentes mais velhos e aconselharem-se quanto à escolha do melhor método anticoncepcional. O importante é que falem e sejam ouvidos. Este canal de comunicação precisa de ser criado e mantido, tanto com a filha, desde a sua primeira menstruação, tanto com o filho.



Em que idade deve ser a primeira vez?


Tal e como não existe uma altura certa para estar preparado a iniciar a vida sexual activa, também não existe uma data para a primeira vez. Existem várias razões pelas quais um jovem se pode sentir atraído a ter relações sexuais pela primeira vez:

Como forma de conseguir maior proximidade;

Um modo de ter novas experiências;
Para provar a maturidade que se alcançou;
Para ser como os outros amigos e conhecidos;
Como um meio de encontrar alívio de certas pressões;


Para investigar os mistérios do amor;


Por desejos e atracções sexuais;
Por amor.


Embora existam muitos motivos que levam os adolescentes a ter relações sexuais pela primeira vez e continuar a actividade sexual, estes não são todos igualmente válidos, uns são francamente melhores que outros.






A gravidez…

Ocorre geralmente entre a primeira e a quinta relação, sendo o parto, a principal causa de internação entre 10 e 14 anos. Muitos são os factores que procuram justificar esse aumento no índice de mamas adolescentes. Entre eles, está o início cada vez mais precoce da actividade sexual.
Estudos mostram que adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães também iniciaram vida sexual precocemente ou engravidaram durante a adolescência. Concluiu-se que, quanto mais jovens e imaturos os pais, maiores as possibilidades de desajustes e desagregação familiar.

Nas classes económicas menos favorecidas, onde há maior abandono e promiscuidade, maior carência de informação, menor acesso à contracepção, está a grande incidência da gestação na adolescência. O contexto familiar exerce influência directa com a época em que se inicia a actividade sexual.

O medo de assumir o início da vida sexual, e a falta de diálogo dentro da própria família são grandes colaboradores para uma gravidez precoce. O conflito gerado nas adolescentes entre o "não" da família, e o "sim" autoritário que impera na mídia, faz com que estas busquem apoio, e raramente conseguem alguém para ouvi-las. O resultado disso é que, ou não usam, ou se utilizam dos métodos anticoncepcionais de baixa eficiência (coito interrompido).

Muitas vezes, por medo da reacção da família, ou da sociedade de um modo geral, a adolescente "esconde" a gravidez o máximo possível, iniciando o pré-natal tardiamente, ou até mesmo chegando ao parto sem ele.



As complicações obstétricas na adolescente vão desde anemia, ganho de peso insuficiente, hipertensão, infecção urinária, DST, desproporção céfalo-pélvica, prematuridade e, até aborto. Para o bebé, baixo peso ao nascer, doenças respiratórias, trauma obstétrico, além de maior frequência de doenças perinatais e mortalidade infantil. Muitas dessas complicações poderiam ser evitadas ou até minimizadas com um pré-natal adequado. Deve-se considerar que estes riscos se associam não só a idade materna, ou ao pré-natal inadequado ou insuficiente, mas também a outros factores, como a baixa escolaridade, baixa condição socioeconómica, intervalos curtos entre os partos


A OMS (Organização Mundial de Saúde), considera a gravidez na adolescência como de alto risco, devido às repercussões sobre a saúde da mãe (seu corpo ainda não está formado adequadamente para a maternidade) e do bebé (sofre a influência da imaturidade física e psíquica da mãe). Porém, actualmente postula-se que os riscos são mais significativos socialmente e emocionalmente que biologicamente para ambos. As consequências de uma relação sexual que implica uma gravidez, aparecem tardiamente e a longo prazo, tanto para a mãe, como para o bebé. Por um lado, a adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, dificuldade em actividades sexuais futuras além de complicações na gravidez e problemas no parto. Por outro, dependendo do grau em que essas complicações afectaram a vida dessa adolescente, as consequências serão sofridas pelo bebé, como rejeição, maus tratos, carência afectiva, entre outros....



ATENÇÃO...


PORQUE É IMPORTANTE...!

Preservativos

Diafragma

Pílula Combinada

Pílula de emergência (do "dia seguinte")
Adesivo


Anel Vaginal

Como vês, são vários os métodos contraceptivos existentes, e todos eles previnem uma gravidez indesejada.
Marca uma consulta em ginecologia ou dirije-te ao Planeamento Familiar e informa-te melhor sobre cada um deles, para que possas proteger as tuas relações sexuais!



O Planeamento Familiar


O planeamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas têm acesso à informação, métodos de contracepção eficazes e seguros, serviços de saúde adequados que permitam a vivência da sexualidade segura e saudável, bem como uma gravidez e parto nas condições mais adequadas. E não tens acesso apenas a consultas... Tens também acesso à actividades e serviços que existem quer no teu centro de saúde, com o teu médico de família, ou em qualquer outro centro de saúde que tenha gabinete de atendimento a jovens, mais próximo da escola ou do emprego, ou ainda nos GASJ's ou CAJ's das Delegações Regionais do IPJ.


Curiosidades...

Qual é para ti, a principal causa da gravidez na adolescência?


Para encontrar uma resposta a este fenómeno, foi feito um estudo, em que a maioria dos votantes (65%) acreditam que a principal causa da gravidez na adolescência ocorre porque os jovens nessa idade fazem as coisas sem pensar nas consequências. Observe o gráfico abaixo, com o resultado final.






Separando o resultado final entre homens e mulheres, podemos observar que o sexo não influencia na opinião dos votantes: as percentagens são praticamente as mesmas entre homens e mulheres. Observa:





Por último, dividiu-se os votantes por faixa etária, de forma que cada faixa tivesse aproximadamente o mesmo número de pessoas. Notou-se assim, que a idade dos votantes:


Resultado final agrupado por faixas de idade:

até aos 15 anos - 553 votantes;

dos 16 aos 19 anos - 431 votantes;

dos 20 aos 28 anos - 453 votantes;

dos 29 ou mais - 462 votantes.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007